Meus Olhos

" As palavras só têm sentido se nos ajudam a ver o mundo melhor. Aprendemos palavras para melhorar os olhos."
*Rubem Alves*

Olhares Diversos

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14 de jun. de 2010

Alento

Quando mais nada houver,
eu me erguerei cantando,
saudando a vida
com meu corpo de cavalo jovem.


E numa louca corrida
entregarei meu ser ao ser do Tempo
e a minha voz à doce voz do vento.


Despojado do que já não há
solto no vazio do que ainda não veio,
minha boca cantará
cantos de alívio pelo que se foi,
cantos de espera pelo que há de vir.



Caio F. Abreu

2 comentários:

Jorge Manuel Brasil Mesquita disse...

Venha de onde vier
há sempre uma mulher
de cabelos revoltos
tocando o violino
dos meus olhos soltos
no corpo cristalino
da nudez musical.

Seja quem for
serei a gentil flor
que se planta na dor
com a voz do amor
para suprir animal
a surdez natural
do canto imortal.
Jorge Manuel Brasil Mesquita
Escrito em 14/06/2010
etpluribusepitaphius.blogspot.com

Cristiane disse...

Que lindo poema Jorge! Obrigada por abrilhantar ainda mais meu espaço e o texto do Caio Abreu. BJs