As cartas de amor deveriam ser fechadas com a língua.
Beijadas antes de ser enviadas.
Sopradas, respiradas.
O esforço do pulmão
capturado pelo envelope, a letra tremendo
como uma pálpebra.
Não a coisa isenta, neutra,
mas a espuma, a gentileza, a gripe, o contágio.
Porque a saliva
acalma o machucado.
As cartas de amor
deveriam ser abertas
com os dentes.
Fabricio Carpinejar
2 comentários:
Aiiii minha amiga, o Carpinejar é maravilhosoooo né???
Eu tbm acho que as cartas de amor deveriam ser assim.
A Fernanda Mello, é uma jovem e talentosa escritora.
Eu baboooooo nas coisas que ela escreve.
Vou te passar o link do blog dela:
http://fernandacmello.blogspot.com/
Um abraço grande minha amiga pra lá de querida!!!
Obrigada, Sil...Vou dar uma olhadinha agora no BLOG dela! Adorei o texto! E vc com seus comentários, sempre tãaaaaaaaaaao sinceros, arremata!:)
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