Não tente possuir a vida — isso é o que o ego tenta fazer.
Não tente agarrá-la, permita ser possuído por ela. Seja subjugado por ela, seja inundado por ela, e você saberá.
E você saberá tão profundamente que nunca poderá dizer "eu sei". Você saberá tão intimamente que não poderá reduzi-la a conhecimento.
Apenas coisas superficiais podem ser reduzidas a conhecimento. Quanto mais profunda é uma verdade, mais difícil é reduzi-la a conhecimento. O conhecimento parece tão pálido, e a verdade está tão viva.
O conhecimento é descorado, insensível, e a verdade é a batida do coração, a circulação do sangue, a respiração do ar, o amor, a dança.
Osho, em "A Revolução: Conversas Sobre Kabir"
Um comentário:
Guardei pra mim algumas frases desse texto do Osho. Acho que foi por isso que não quis "conhecer" nada a respeito do que "aquela pessoa" queria me "explicar...
Entendeu? Algo no meu coração dizia apenas: "Pra que explicação?"
Pedir explicações seria uma forma de exigir o conhecimento de algo que, sinceramente, não me interessa e não faz diferença, mesmo porque nem sei se é VERDADE, e no fundo acabaria virando mais palavras ao vento, descoradas e insensíveis.
Era tudo VERDADE quando eu sentia a batida dos corações nossos corações, a circulação do nosso sangue juntos (eu nem precisava de explicações ou conecimento de nada...)
Mas a beleza da VERDADE ainda permanece comigo (mesmo após o afastamento "daquela pessoa"), porque ainda sou tudo isso: nasci completa, e sou "a circulação do sangue, a respiração do ar, o amor, a dança" - sem precisar que alguém me traga de fora qualquer dessas maravilhas.
Luiza Voigt
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