Teu olhar,
Quando rouba o teor das madrugadas
Parece que descansa no fastio da tua beleza.
Detém,a teu redor,toda imensidão
E se faz manhã.
Tua alma,infinito regato,
Atrai pétalas que abandonam o ar
E pousam,adormecidas,
Adocicando o fel de tuas lágrimas
Tatuando cicatrizes na obsessão dos homens.
E tua dor,sombra noturna,
Entorpece o tempo,
Inibe a vida,
Seqüestra a luz.
É o que tens de bela.
És inumana.
Evoluíste de uma flor.
Moacir Gitirana
2 comentários:
Evoluir de uma flor deve ser uma coisa tão única. Que delícia de pensamento!
Moacir é um poeta muito sensível e nos faz viajar...
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