"(...) Como em tudo, no escrever também tenho uma espécie de receio de ir longe demais. Que será isso? Por que? Retenho-me, como se retivesse as rédeas de um cavalo que pudesse galopar e me levar Deus sabe onde. Eu me guardo. Por que e para quê? Para o que estou eu me poupando? Eu já tive clara consciência disso quando uma vez escrevi: "é preciso não ter medo de criar". Por que o medo? Medo de conhecer os limites de minha capacidade? Ou medo do aprendiz de feiticeiro que não sabia como parar? Quem sabe, assim como uma mulher que se guarda intocada para dar-se um dia ao amor, talvez eu queira morrer toda inteira para que Deus me tenha toda."
7 comentários:
Clarice é sempre fascinante. Confesso que por vezes eu me guardo e não sei explicar o porquê.
Parabéns, o blog tá lindo de viver!
Verdade lindona, nos guardamos tanto pra quê?
beijos e saudades de vc
Uma autora e tanto!... Clarice Lispector surpreende a cada frase, a cada pensamento.
Como seria se ela não «retivesse as rédeas de um cavalo» o seu processo criativo?
L.B.
Querida:
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Bjs,
Maria Luiza
O texto é meio complicado, mas faz senitdo ;)
Obrigada pela visita, amoras! Eu estou meio sem tempo de visitá-las, devido ao trabalho e estudo. Mas prometo colocar tudo em ordem! Só não posso perder o gosto das palavras ganharem vida aqui! :-)
Obrigada Maria Luíza! Vou lá!
Clarice SEMPRE me surpreende...
Adorei o post!
Estou num momento mega-feliz e desejo a você muita vibração positiva com os brilhos do arco-íris!
Bjssss
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