O lugar onde eu mais aprecio estar é o vasto e arejado jardim do coração tranquilo. Nele, não sinto necessidade de entender coisa alguma. Não pergunto nada e nem preciso responder. O falatório desgastante, geralmente improdutivo, dos pensamentos abre espaço para o sorriso bom da paz. Nele, os problemas todos continuam a existir, as pendências, as dores, os embaraços, mas assim mesmo eu descanso. As coisas são como podem ser e eu não tento interromper o fluxo da vida. Não espero nada, porque tudo o que mais importa já está ali, não há felicidade mais pura do que essa que não depende de nenhuma motivação externa para cantar. Nele, eu me sinto em casa de novo, relembro a textura suave da nossa verdadeira natureza, perene e inalterável, ainda que nos afastemos muito dela e raramente consigamos estar no seu abraço. Por mais que eu a esqueça pouco tempo depois, e sempre a esqueço nos rodamoinhos emocionais do cotidiano, nunca saio com as mãos vazias: trago de lá algumas mudas de sol que, mesmo quando eu não percebo, me ajudam a clarear os trechos de breu do caminho.
Ana Jácomo
Um comentário:
A Jácomo acabou falando, de forma poética e linda (como sempre) exatamente a filosofia de vida que precisamos adotar para alcançar a iluminação. É o que estou lendo no livro O PODER DO AGORA.
E, querida, se vc ainda não leu este livro do Eckhart Tolle, L.E.I.A.!!!
Isso é uma O.R.D.E.M. - rsrsrsrsrsr
Bem, mesmo brincando - mas falando sério - leia sim (especialmente O CAPÍTULO O.I.T.O. - é feito para nós!)
Luiza Voigt
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